14 de agosto de 2023 às 16:01
Alceu Moreira pede a regulamentação do trânsito de máquinas em vias públicas

Autor da proposta, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS) defende que tecnologias
sejam aproveitadas apenas para fins pedagógicos
A regulamentação do uso de celulares e smartphones em salas
de aula do Ensino Fundamental e Médio movimentou as discussões da Câmara dos
Deputados nas últimas semanas. O Projeto de Lei nº 104/2015, de autoria do
deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS) e que estabelece diretrizes para
tecnologias em ambientes de ensino do país, tramita na Comissão de Educação,
onde aguarda a apresentação do parecer do relator, o deputado Diego Garcia
(Republicanos-PR) – o que deverá ocorrer dentro dos próximos dias.
De acordo com Alceu, se faz necessário definir um conjunto
de regras para que o celular não seja proibido, mas melhor aproveitado no
processo de ensino-aprendizagem. O parlamentar cita os dados recentemente
divulgados pela Unesco, indicando que o uso excessivo de smartphones pode ser
prejudicial para crianças e jovens. Outro estudo, por sua vez, aponta que os
alunos podem levar até 20 minutos para se concentrar novamente no que estavam
aprendendo após usarem o celular em atividades sem fins pedagógicos.
"Se uma criança ou jovem está com a sua atenção retida em
uma tela de celular, é porque ali está um espaço de descoberta e vida. Ferramentas
como essa, que instigam a curiosidade, devem estar aliadas à pesquisa,
orientação e realização de tarefas. Se isso não ocorre, evidentemente que
requer um regramento", justifica o deputado Alceu.
Países como Finlândia, Holanda e Suíça – que ostentam os
melhores indicadores na área da educação – já possuem regulamentação a respeito
do tema. Atualmente, uma em cada quatro nações baniu ou tem políticas públicas
sobre uso de celulares em sala de aula. No Brasil, ainda não há legislação para
este fim.
Com o parecer do relator, o projeto abre o prazo de cinco
sessões para que sejam apresentadas emendas ao projeto. Aprovado na comissão de
mérito, o texto parte para a análise da Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania (CCJC).
Foto: Jackson Ciceri/Divulgação
Fonte: CLIENT