CCruz Alta será sede de uma das maiores fábricas de biodiesel e derivados de soja do Rio Grande do Sul. O lançamento oficial do projeto aconteceu na manhã de hoje, quarta-feira, dia 28 de maio, reunindo autoridades, empresários e lideranças do agronegócio no município do Noroeste gaúcho.

O empreendimento, batizado de Soli3, é resultado da união estratégica de três importantes cooperativas: Cotrijal, Cotripal e Cotrisal. Juntas, elas anunciaram um investimento de R$ 1,25 bilhão na construção da planta industrial, que será erguida em uma área de 140 hectares próxima à BR-158.

A unidade terá capacidade para processar até 1 milhão de toneladas de soja por ano, produzindo biodiesel e outros derivados do grão. As obras devem ter início em 2025, com previsão de início das operações em 2028.

Durante o período de construção, a expectativa é de geração de cerca de 1 mil empregos diretos. Quando em pleno funcionamento, o complexo deverá garantir mais 650 vagas, entre empregos diretos e indiretos.

"Essa fábrica representa energia limpa e renovável. É uma conquista importante para toda a região, agregando renda ao produtor rural e impulsionando a economia local", destacou Walter Vontobel, presidente da Soli3 e da Cotrisal.

Presente no evento, o governador do Estado, Eduardo Leite, reforçou a importância do investimento: "Esse projeto agrega valor à nossa produção, gera empregos e fortalece a economia gaúcha. O Estado é parceiro com programas de incentivo à produção de biodiesel, consolidando nossa posição como referência nacional no setor".

Cerca de 60% do farelo produzido será destinado à exportação, com escoamento pelo Porto de Rio Grande. O restante será distribuído para os mercados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A escolha do biodiesel como foco principal da planta acompanha as boas perspectivas do setor, tanto pela demanda interna quanto pelo potencial de exportação. A localização de Cruz Alta foi considerada estratégica, por estar no centro da área de atuação das cooperativas e contar com infraestrutura logística favorável, incluindo integração ferroviária, que deve reduzir custos de transporte.

"Já há muito tempo pensávamos em industrializar nossa produção. A Soli3 representa a concretização desse projeto, agregando valor e oferecendo mais rentabilidade ao produtor associado", ressaltou Germano Döwich, presidente da Cotripal.

Segundo os dirigentes, a planta vai beneficiar não apenas os produtores, mas toda a sociedade, movimentando a economia regional com geração de emprego, renda e desenvolvimento sustentável.

Fonte: GZH
Fotos: Eduardo Krein e redes sociais.

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